A fortuna do empresário brasileiro Eike Batista, US$ 27 bilhões segundo a revista Forbes, é maior que as riquezas produzidas em todo ano de 2008 pelo Paraguai. Com 6,2 milhões de habitantes, o país produziu US$ 16 bilhões, de acordo com dados do Banco Mundial.
O controlador do Grupo EBX também teria mais dinheiro que o produzido no Nepal (US$ 12,6 bilhões), na Jamaica (US$ 15, bilhões), em El Salvador (USS$ 22,1 bilhões) e na Costa do Marfim (US$ 23,4 bilhões) em 2008 - último ano com dados fechados no Banco Mundial.
Além de ser um empresário ousado, visionário e seguro de suas estratégias nos negócios, há uma característica que chama a atenção na personalidade do homem mais rico do Brasil e o oitavo do mundo. Com senso de humor, Eike Batista não esconde sua opção por ter dedicado o auge da sua juventude aos primeiros passos para o que se tornaria um grande império.
"Decidi não ir para a praia", brincou o empresário, mineiro de Governador Valadares, atualmente residente no Rio de Janeiro, durante palestra realizada na terça-feira, na Fundação Armando Alvares Penteado (Faap), em São Paulo. Ele se referia ao início da sua trajetória empresarial no Brasil no final da década de 1970, quando voltou dos seus estudos na Europa e fez uma visita à Amazônia, onde se produzia muito ouro.
Ao perceber que se tratava de um bom negócio, Eike comprou uma mina da região com empréstimo tomado de dois joalheiros do Rio de Janeiro. Ele comprava o ouro em pó e entregava o produto final aos joalheiros. O resultado disso foram US$ 6 milhões em um ano e meio, aos 23 anos. A partir daí, o empresário passou a criar novas empresas, associar-se a grupos internacionais, investir em outros países, entrar no mercado de capitais, controlar empresas cujas ações se destacam no mercado financeiro e aplicar sua fortuna em empresas de diferentes setores da economia, até alcançar o posto de oitavo homem mais rico do mundo.
#