O cometa Ison, que deve iluminar o céu da Terra até 2014 e poderá ser, devido
ao seu brilho, o "cometa do século", pode criar uma incomum chuva
de meteoros, de acordo com cientistas. Quando passar próximo à Terra neste ano,
em novembro, é possível que a poeira deixada pela cauda do cometa crie uma
estranha chuva quando o planeta receber o fluxo de minúsculas partículas que
faziam parte do cometa.
"Em vez de queimar em um flash de luz, elas (as partículas)
vão se mover suavemente para a Terra abaixo", afirmou em um comunicado o
cientista especializado em meteoros Paul Wiegert, da University of
Western Ontario.
As partículas de poeira vão
viajar à velocidade de 201.168 km/h, porém assim que atingirem a atmosfera
terrestre vão desacelerar até parar, apontam os modelos computacionais
utilizados por Wiegert. Por conta disso, observadores provavelmente não
poderão ver os meteoros enquanto eles passam pela atmosfera do planeta em
janeiro de 2014, acredita o pesquisador.
O cometa Ison poderá brilhar tão intensamente quanto a Lua
Cheia quando passar no ponto mais próximo ao Sol de sua trajetória. Acredita-se
que o corpo celeste poderá ser visto a olho nu com um brilho intenso na Terra,
quem sabe até mesmo durante o dia. O cometa não traz qualquer ameaça à vida na
Terra, de acordo com a Nasa (agência espacial americana).
O Ison foi descoberto pelos
astrônomos russos Vitali Nevski e Artyom Novichonok em setembro de 2012. O nome
dado foi o da instituição na qual os dois trabalham, a International Scientific
Optical Network.
No dia 28 de novembro, ele deve chegar a uma distância não muito
maior do que um milhão de quilômetros da superfície da estrela.
Se o cometa sobreviver a esta
passagem, deve se afastar do Sol ainda mais brilhante do que antes e poderá
iluminar os céus da Terra em janeiro de 2014.
No entanto, cometas são imprevisíveis, e o Ison poderá se desintegrar
durante a passagem nas proximidades do Sol.