22 dezembro 2014
18 dezembro 2014
Maratonista Centenário
O que você faria se, aos quase 90 anos, perdesse sua esposa e um filho?
Enquanto que a maioria de nós iria sucumbir à depressão e às dificuldades da
idade, o indiano Fauja Singh decidiu ir para a Inglaterra e lá encontrou na corrida uma forma de aliviar seus traumas e
tristezas. Dos 89 anos aos 102,
ele venceu provas de 10 km, 20 km e finalizou maratonas em diversos lugares do mundo, provando
que a idade é mais do que relativa.
Fauja Singh nasceu com uma deficiência que o
impediu de andar até os cinco anos de idade e, apesar de ser vegetariano e
cuidar de seu corpo, nunca havia praticado esportes com afinco. Foi ao
encontrar Harmander Singh,
seu técnico e mentor, já na Inglaterra, que começou a correr e a levar as
provas a sério. Em 2003, aos 92 anos, ele completou a Maratona de Toronto, no
Canadá, em apenas 5 horas e 40 minutos. Oito anos depois, ele cruzou a mesma
linha de chegada para ser o primeiro maratonista centenário do mundo – ele só
não foi reconhecido pelo Guiness World Records pois não possui uma certidão de
nascimento, embora em seu passaporte conste a idade.
O indiano, que ficou conhecido nas provas como “O tornado de
turbante”, devido ao turbante Sikh que utiliza, decidiu se aposentar aos 102 anos, após correr uma prova de 10 km em Hong Kong, na China. Todas as provas
em que ele participou em sua curta, porém intensa, carreira como maratonista
eram voltadas para organizações de caridade. “Há duas coisas nobres a se fazer na vida: uma é
fazer caridade e a outra é cuidar de seu corpo“,
afirma Fauja, que hoje, aos 103 anos, limita-se a caminhar de 3 a 4 horas por
dia.
16 dezembro 2014
Sexo e o Boi sem Coração
- Não é um boi!
- Eu sei, não sou um
boi, sou um touro reprodutor.
- Não é isso. Para. Sai de cima de mim. Eu descobri. Não é um boi. Sempre interpretaram a música errado.
- Você enlouqueceu de vez. O que é que está acontecendo? A gente quase nunca transa. Quando enfim acontece você para tudo e fala de música?
- É sério. Não sei como tive esse insight só agora, mas é esclarecedor. Não é um boi. Deve ser um caminhão, uma moto, qualquer coisa, mas não é o boi que todo mundo sempre pensou que fosse.
- Você está tendo algum tipo de alucinação? Que história é essa de boi, moto, caminhão?
- É simples. Você lembra da música Menino da Porteira?
- Essa música tem uns 100 anos, mas é claro que lembro.
- Lembra do trecho "quem matou o meu filhinho foi um boi sem coração"? Pois é, não é um boi. É uma metáfora. O boi sem coração não é um boi, é uma máquina. Por isso é que eu digo que foi uma moto, um caminhão. Entende o que eu digo? As pessoas não chamam moto de cavalo de aço? Pois é, o boi sem coração também é uma máquina. Se fosse mesmo um boi, não teria feito aquilo. O menino conhecia todos os bois, os bois conheciam ele, por que o matariam? Mas não foi um boi. Como é que ninguém nunca pensou nisso?
- Você está louca. Nós transamos a cada 15 dias, sempre às terças, porque é nas quartas que você pode acordar mais tarde. Você impôs essa regra e eu aceitei. Hoje é a segunda vez que estamos fazendo amor neste mês. Eu estava gostando. Estava aproveitando esse momento e você pensando numa música caipira do século passado?!
- Esquece o resto. Você também não acha que não pode ser um boi?
- O que eu acho é que você é uma vaca! Se você não gosta de sexo, é só dizer. Primeiro impõe esse cronograma ridículo, depois no meio da escassa oportunidade de se entregar fica pensando num boi. Você deve ser frígida. Esse seu boi foi um grande argumento para acabar com tudo. Para cortar esse raro sexo entre nós dois. Mas precisava de toda essa encenação? Era só falar, estou com dor de cabeça, dor nas pernas, dor nas juntas, dor no diabo que a carregue.
- Não é isso. Para. Sai de cima de mim. Eu descobri. Não é um boi. Sempre interpretaram a música errado.
- Você enlouqueceu de vez. O que é que está acontecendo? A gente quase nunca transa. Quando enfim acontece você para tudo e fala de música?
- É sério. Não sei como tive esse insight só agora, mas é esclarecedor. Não é um boi. Deve ser um caminhão, uma moto, qualquer coisa, mas não é o boi que todo mundo sempre pensou que fosse.
- Você está tendo algum tipo de alucinação? Que história é essa de boi, moto, caminhão?
- É simples. Você lembra da música Menino da Porteira?
- Essa música tem uns 100 anos, mas é claro que lembro.
- Lembra do trecho "quem matou o meu filhinho foi um boi sem coração"? Pois é, não é um boi. É uma metáfora. O boi sem coração não é um boi, é uma máquina. Por isso é que eu digo que foi uma moto, um caminhão. Entende o que eu digo? As pessoas não chamam moto de cavalo de aço? Pois é, o boi sem coração também é uma máquina. Se fosse mesmo um boi, não teria feito aquilo. O menino conhecia todos os bois, os bois conheciam ele, por que o matariam? Mas não foi um boi. Como é que ninguém nunca pensou nisso?
- Você está louca. Nós transamos a cada 15 dias, sempre às terças, porque é nas quartas que você pode acordar mais tarde. Você impôs essa regra e eu aceitei. Hoje é a segunda vez que estamos fazendo amor neste mês. Eu estava gostando. Estava aproveitando esse momento e você pensando numa música caipira do século passado?!
- Esquece o resto. Você também não acha que não pode ser um boi?
- O que eu acho é que você é uma vaca! Se você não gosta de sexo, é só dizer. Primeiro impõe esse cronograma ridículo, depois no meio da escassa oportunidade de se entregar fica pensando num boi. Você deve ser frígida. Esse seu boi foi um grande argumento para acabar com tudo. Para cortar esse raro sexo entre nós dois. Mas precisava de toda essa encenação? Era só falar, estou com dor de cabeça, dor nas pernas, dor nas juntas, dor no diabo que a carregue.
- Eu não entendo por
que você está tão bravo. É por que a descoberta não foi sua, seu sabe-tudo?
- Você está louca. Você e seu boi, sua moto, sua máquina.
- Amorzinho. Não fica assim. Eu tive uma revelação durante o sexo. Isso não é ótimo? Vem aqui. Isso significa que vamos ter que repetir isso várias vezes. Todo dia. Muitas vezes ao dia. Há muitos mistérios a solucionar. Imagina descobrir o que é "zabelê, zumbi, besouro", o que significa "açaí, guardiã, zum de besouro, um imã", por que o lobo alimenta a matilha... As oportunidades são ilimitadas só na MPB...
- Pensando bem. Acho que gostei desse boi.
- Você está louca. Você e seu boi, sua moto, sua máquina.
- Amorzinho. Não fica assim. Eu tive uma revelação durante o sexo. Isso não é ótimo? Vem aqui. Isso significa que vamos ter que repetir isso várias vezes. Todo dia. Muitas vezes ao dia. Há muitos mistérios a solucionar. Imagina descobrir o que é "zabelê, zumbi, besouro", o que significa "açaí, guardiã, zum de besouro, um imã", por que o lobo alimenta a matilha... As oportunidades são ilimitadas só na MPB...
- Pensando bem. Acho que gostei desse boi.
14 dezembro 2014
Negro Amor
Negro Amor
Seus guerreiros desarmados não vão mais lutar
Seu namorado já vai dando o fora
Levando os cobertores, e agora?
Até o tapete sem você voou
E não tem mais nada negro amor
As pedras do caminho deixe para trás
Esqueça os mortos que eles não levantam mais
O vagabundo esmola pela rua
Vestindo a mesma roupa que foi sua
Risque outro fósforo, outra vida, outra luz, outra cor
E não tem mais nada negro amor...
(Gal Costa)
Vá, se
mande, junte tudo que você puder levar
Ande, tudo que parece seu é bom que agarre já
Seu filho feio e louco ficou só
Chorando feito fogo à luz do sol
Os alquimistas já estão no corredor
E não tem mais nada negro amor
Ande, tudo que parece seu é bom que agarre já
Seu filho feio e louco ficou só
Chorando feito fogo à luz do sol
Os alquimistas já estão no corredor
E não tem mais nada negro amor
A estrada é pra você e o jogo e a
indecência
Junte tudo que você conseguiu por coincidência
E o pintor de rua que anda só
Desenha maluquice em seu lençol
Sob seus pés o céu também rachou
E não tem mais nada negro amor
Seus marinheiros
mareados abandonam o marJunte tudo que você conseguiu por coincidência
E o pintor de rua que anda só
Desenha maluquice em seu lençol
Sob seus pés o céu também rachou
E não tem mais nada negro amor
Seus guerreiros desarmados não vão mais lutar
Seu namorado já vai dando o fora
Levando os cobertores, e agora?
Até o tapete sem você voou
E não tem mais nada negro amor
As pedras do caminho deixe para trás
Esqueça os mortos que eles não levantam mais
O vagabundo esmola pela rua
Vestindo a mesma roupa que foi sua
Risque outro fósforo, outra vida, outra luz, outra cor
E não tem mais nada negro amor...
12 dezembro 2014
Feito a Mão
Era velório, mas ele
não continha o sorriso de orgulho – pela missão enfim cumprida, pelo produto e
por atender a um ídolo.
O morto era o centroavante local, glória do cenário esportivo do
município e microrregião, como estava na coroa de flores.
Adoecera longamente. Sabia-se o desfecho havia algum tempo.
Ele, que ali vira nascer e ali dera leito a tantos que morreram,
tendo sido admirador do artilheiro, prometera o caixão à família.
De graça. O mais bonito. Trabalhado em marchetaria, mosaico de cubos,
triângulos e sombras de sucupira, angelim, canela, parajú, bicuíba, cedro,
mogno, cerejeira, gonçalo-alves, roxinho, jatobá, jequitibá, currupichá,
marfim, angico, peroba e jacarandá, em tabuleiros, claro-escuros, torneamentos,
no formão, na entalhadeira, no canivete, no sopro, na lixa, na flanela.
O forro de feltro e seda. As alças douradas. O vidrinho jateado do
último três-por-quatro na tampa.
Com todo o capricho permitido pelo tempo da doença. Com todos os
arremates, enfeites e detalhes que, a cada dia, a cada jogada rememorada, ele
achava justo acrescentar.
Um gol decisivo, um rococó aqui.
Um lance heroico, um refinamento lá.
Os melhores recortes e retalhos, ripas e tábuas, ferpas, palitos,
pontinhas, fiapos, de todas as madeiras que tinha.
Virou sua obra-prima.
E a chance de se recuperar da decepção sofrida, há quase cinquenta
anos, no conto do José Cândido de Carvalho, quando, em igual empreitada, o
doente se recuperou, causou-lhe prejuízo e decepção e, claro, mereceu seus
desaforos e o despedaçamento do féretro no meio da praça.
Agora, não. Neste conto, ele tem a chance revivida na nova morte. E
não só de um amigo, para satisfação particular, mas de um ídolo do pacato e
ordeiro povo da municipalidade.
Ali na capela, no velório, sorrindo, notava os olhos na madeira, na
cistina em que o centroavante jazia.
E sentiu o bem-estar geladinho que imaginou ser o mesmo que o
artilheiro sentia quando o público o admirava.
Pensou que sua obra e a do jogador eram de igual dimensão,
aparentadas, até. Ainda trocadilhou “primas” em silêncio, em cócega muda.
Ambos eram artistas.
Deviam ser sempre vistos e glorificados.
Resolveu pedir a palavra. Modestamente sugeriu o embalsamamento do
artilheiro, com a camisa nove da agremiação citadina, enfatizou, dentro do
humilde féretro por ele dado à luz, no saguão da Prefeitura ou da Igreja, ou na
entrada do estadinho em que ele pontificara radiante em prol de nossas cores,
tenho dito.
Houve uma marolinha de sussurros pra lá, que voltou nas mesmas
amplitude e frequência pra cá, até ser parada pelo padre, que agradeceu e negou
a proposta.
Deus do céu!
Foi um estalo. Um talho. Um golpe.
Agitou-se, suou, tossiu.
Quando saíam com sua obra e o morto, desesperou-se, correu, parou
do lado, abriu a tampa, virou o caixão entornando o campeão na terra, gritou
para que largassem as alças, vermelho, salivando, saiu arrastando o caixão
xingando alto coisas que ninguém entendeu, até porque tiveram que se recompor e
levar o artilheiro numa maca até a cova já aberta ali perto.
Guardou o caixão no depósito, imune a poeira e sol.
Está lá, à espera de outro conto, de outro contista, que o deixe
terminar a história como merece.
Pra mulher diz que centroavante sempre aparece outro. Caixão como
aquele, não.
E contista, conclui, é o que não falta.
(Texto de Luiz Guilherme Piva)
09 dezembro 2014
Eu Amo Você
Eu Amo Você
(Amado
Batista)
Eu vou estar sempre em sua vida
Não aceite outra previsão
Mesmo que algum sábio profeta lhe diga que não
Cuidado com histórias de revistas
Não se liga em papo de TV
Nossa realidade é diferente
Não aceite outra previsão
Mesmo que algum sábio profeta lhe diga que não
Cuidado com histórias de revistas
Não se liga em papo de TV
Nossa realidade é diferente
Eu amo você
Jamais me passou na imaginação
A idéia de não ter você
No meu coração está escrito assim
O amor nunca vai ter fim
No meu coração está escrito assim
O amor nunca vai ter fim
07 dezembro 2014
05 dezembro 2014
Nas Ondas
- Quatro Rayovac! Da grande!
Ficava o dia inteiro no banco da
praça ouvindo rádio AM.
(Rádio era um aparelho como o notebook ou o tablet. Em vez de tela, tinha
som. E AM eram os portais e redes sociais, só que falados).
Onda curta, onda média, onda média,
onda curta. Chiado, propaganda, jogo, recado, posta-restante, perdidos, música,
notícia, utilidade pública, achados.
Quando acabavam, batia no guichê que vendia passagem de ônibus, pão, doce,
cerveja, Cibalena, carreto, ingresso pra jogo e pilha, entregando as velhas
como se vasilhames.
- As amarelinhas, hein, do Pelé! – e
apontava o cartaz da propaganda.
Não aceitava a concorrente, a do gato preto. Batia na madeira.
Chinelo, regata, bermuda, barriga. De
noite pegava carona na charrete poeira acima.
Poeira abaixo, de manhã, sentava e a AM enchia o mundo.
Não ria nem movia traço. Sentado.
Hora da marmita desembrulhada. Ondas curtas. Lusco-fusco. Ondas médias. O dial
a trouxe-mouxe. Ouvido nas frestas da estática.
Morreu ali, sentado, tombando de mansinho pro lado. O moço do guichê ouviu
o baque antes do amigo da charrete.
Ligado, Jorge Curi soltava a alma
rasgada:
- Pelé! Pelé! Pelé!
(Texto de Luiz
Guilherme Piva)
03 dezembro 2014
01 dezembro 2014
Predador
Um fotógrafo
italiano registrou um momento único em que uma foca conseguiu fugir de um
ataque de tubarão, na região de Cape Town, na África do Sul.
As imagens mostram o momento em que o tubarão disparou em um salto e a foca foi jogada para cima. Por sorte, a presa caiu nas costas do predador e conseguiu fugir.
As imagens mostram o momento em que o tubarão disparou em um salto e a foca foi jogada para cima. Por sorte, a presa caiu nas costas do predador e conseguiu fugir.
A cena foi registrada por Sergio Riccardo, 51 anos, fotógrafo que vive em
Sorrento, na Itália. Ele trabalha em um projeto dedicado às focas localizadas
na Ilha das Focas, na África do Sul. O local é povoado por mais de 70 mil focas, que sofrem frequentes ataques
de tubarões.
25 novembro 2014
18 novembro 2014
Paro Ano Sai Milhó
Eu já posso até ouvir o coro ensaiado: "xaaaaaaaá! xalaia
laiá! Xalaia laiá! Vamos subir, Esquadrão!".
Bateremos recordes de público. Teremos jogos incríveis contra
times do interior de São Paulo, Minas, Alagoas e Ceará. Clássicos inesquecíveis
em estádios lotados e decorados com as cores e bandeiras tricolores irão chamar
atenção nos noticiários locais e nacionais, quiçá internacionais.
Binha dará entrevistas sensacionais, confirmando o que todo
mundo já sabe, que o Bahia é e sempre será o melhor time do mundo. Nunca se
venderá tantas carteirinhas de sócios como no ano que vem. As lojas do clube viverão lotadas de
torcedores comprando canecos, chaveiros, isqueiros, canetas e roupinhas de bebê
do Bahia.
A ladeira da Fonte se encherá de alegria todas as terças e
sextas, fazendo do meio da semana da capital baiana um verdadeiro carnaval
azul, vermelho e branco. Um fuzuê de alegria tricolor. Vendedores de
churrasquinho terão que se planejar para garantir o estoque.
As cervejas Itaipava ao redor do estádio venderão como água. A
batucada de antes do jogo animará a torcida com versões maravilhosas de musicas
dos Mamonas, Chiclete e Ivete. Trios elétricos estarão de sobreaviso desde o
primeiro jogo - contra o Brasiliense, quem sabe.
Os vendedores de camisas do Bahia ao redor do Dique terão uma
renda espetacular com o aumento da procura dos seus produtos do Paraguai. Quem
precisa da Nike, quando temos aqueles chineses maravilhosos?
A prefeitura terá que organizar e planejar muito bem o serviço
de transporte público para atender a demanda da multidão que se deslocará para
os jogos depois do expediente.
Engarrafamentos inacreditáveis provocarão estresse e impaciência
nos torcedores, que, mesmo cansados e entediados pelo trânsito lento, não
abrirão mão de acompanharem os jogos do Bahia, minha porra.
Os jogos da Arena provocarão matérias incríveis de todos os
telejornais esportivos do país, que reconhecerão a paixão e fidelidade da
torcida tricolor.
Galvão Bueno comentará no Bem Amigos, toda segunda, que o Bahia,
a cada jogo, enche mais e mais o estádio, batendo sucessivos recordes de
público e renda. Vendedores de pipoca dormirão preocupados com um possível ágio
no preço do milho, haja vista o aumento da procura da plateia pelo cereal.
Saudosistas dos roletes de cana e dos saquinhos de amendoim
cozido reclamarão da ausência dessas iguarias no estádio nas resenhas do Bocão.
Marcio Martins e Sinval Vieira terão um aumento absurdo de ouvintes querendo
participar de seus programas, engarrafando as linhas da rádio e provocando
revolta nos que não conseguirem com eles falar.
Os jogadores do Bahia irão estampar capas de jornais e revistas,
ao lado de beldades saradas e sinceramente apaixonadas, do fundo dos seus
sentimentos mais profundos, por presidentes da CBF e afins.
E o Bahia, orgulhosamente, mostrará para o mundo, com a
desenvoltura e inteligência de um time forte e bem estruturado - que preza o
planejamento e modernidade - que muito melhor do que ser rabo de tubarão, é ser
cabeça de bacalhau. Ou de sardinha. Ops...
(Texto de Manno Góes)
16 novembro 2014
Separação
No tribunal, o juiz
entrevista o casal que quer se divorciar:
- Por que é que o senhor quer o divórcio?
- Sua Excelência, a
minha mulher é preguiçosa e péssima dona de casa. E além do mais, estou de saco
cheio de chegar em casa e ver a nossa cama cheia de parasitas.
O magistrado retruca:
- Isso não me parece
ser motivo suficiente para o divórcio!
Virando-se para a mulher, o juiz pergunta:
- E a senhora, o que
tem a dizer?
E ela:
- Senhor juiz, o meu
marido é um ordinário! O senhor não ouviu como ele chamou os meus amigos?
14 novembro 2014
Altão e Baixinho
Os homens mais alto e mais baixo do mundo se encontraram nesta
quinta-feira em Londres, na Inglaterra, em evento do Guinness, livro dos
recordes.
O nepalês Chandra Bahadur
Dangi e o turco Sultan Kosen passaram por nova medição na capital
inglesa, para comemorar o dia do Guinness.
Considerado o mais
baixo do mundo, Chandra Dangi mede 54 centímetros. Já Sultan Kosen, que tem 2,51 metros de altura, é o mais
alto.11 novembro 2014
Casual e Informal
O físico alemão Albert
Einstein e sua esposa iriam
receber em casa um importante político.
A mulher pediu,
então, que Einstein trocasse de roupa, e ele respondeu:
- Se ele quiser me
ver, aqui estou eu. Se ele quiser ver as minhas roupas, abra o armário e mostre
a ele os meus ternos.
09 novembro 2014
Descida da Ladeira
Descida da Ladeira
(Alceu Valença)
Eu só acredito em vento
Que assanha cabeleira
Quebra portas e vidraças
E derruba prateleiras
Se fizer um assobio esquisito
Na descida da ladeira
Quebra portas e vidraças
E derruba prateleiras
Se fizer um assobio esquisito
Na descida da ladeira
Eu só
acredito em chuva
Se molhar minha cadeira
De palhinha na varanda
Minha espreguiçadeira
Se fizer poça na rua
Acredito nessa chuva de peneira
Se molhar minha cadeira
De palhinha na varanda
Minha espreguiçadeira
Se fizer poça na rua
Acredito nessa chuva de peneira
Eu só acredito em lama
Se for escorregadeira
Como casca de banana
Se for escorregadeira
Como casca de banana
Tobogã de fim de feira
Alceu
Valença já não acredita
Na força do vento
Que sopra e não uiva
Na água da chuva
Que cai e não molha
Já perdeu o medo de escorregar
Na força do vento
Que sopra e não uiva
Na água da chuva
Que cai e não molha
Já perdeu o medo de escorregar
07 novembro 2014
Ruy Barbosa
Ruy Barbosa de Oliveira
nasceu em Salvador-BA, no dia 5 de
novembro de 1849 e faleceu em Petrópolis-RJ, no dia 1º de março de 1923. Foi um
grande político brasileiro, tendo se destacado principalmente como jurista,
diplomata, escritor, filólogo, jornalista, tradutor e orador.
Um dos intelectuais mais brilhantes do
seu tempo, foi um dos organizadores da República e coautor da constituição da
Primeira República juntamente com Prudente de Morais. Ruy Barbosa atuou na
defesa do federalismo, do abolicionismo e na promoção dos direitos e garantias
individuais. Primeiro Ministro da Fazenda do regime instaurado em novembro de
1889, sua breve e discutida gestão foi marcada pela crise do encilhamento sob a
proposição de reformas modernizadoras da economia. Foi deputado, senador,
ministro e candidato à Presidência da República em duas ocasiões. Notável
orador e estudioso da língua portuguesa, foi membro fundador da Academia Brasileira
de Letras, sendo presidente entre 1908 e 1919. Como delegado do Brasil na II
Conferência da Paz, em Haia (1907), notabilizou-se pela defesa do princípio da
igualdade dos estados. Sua atuação nessa conferência lhe rendeu o apelido de
"O Águia de Haia". Teve papel decisivo na entrada do Brasil na
Primeira Guerra Mundial. Já no final de sua vida, foi indicado para ser juiz da
Corte Internacional de Haia, um cargo de enorme prestígio, que recusou.
Frases marcantes de Ruy Barbosa:
“A liberdade não é um luxo dos tempos de bonança; é o maior elemento da
estabilidade”.
"De tanto ver triunfar as nulidades,
de tanto ver prosperar a desonra, de tanto ver crescer a injustiça, de tanto
ver agigantarem-se os poderes nas mãos dos maus, o homem chega a desanimar da
virtude, a rir-se da honra, a ter vergonha de ser honesto".
05 novembro 2014
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