A frase é do escocês Bill Shankly, saudoso
treinador do Liverpool quando o clube inglês dominou o futebol europeu.
E faz todo sentido nos terríveis dias que correm.
Diante da tragédia
da Chapecoense, o futebol, aparentemente, fica menor, questão secundária.
Mas não.
Ao contrário.
Toda a comoção vivida se dá exatamente por causa dele, o
futebol.
Óbvio que
qualquer acidente com tantas vítimas comove o país atingido.
Quando é com uma delegação inteira de jogadores de
futebol, porém, comove muito mais, porque alcança o mundo todo, como estamos
vendo.
Consequência
direta da paixão que o esporte mais popular do planeta desperta.
Daí não ser menor pensar nas soluções esportivas que o drama
impõe.
Porque,
queiramos ou não, a vida continua e, com ela, o futebol.
Tudo pára na hora da dor.
Só o seguir em
frente consegue amenizá-la.
Mais ainda se não esquecermos de suas principais vítimas:
os que ficaram.
(Texto de Juca
Kfouri)
O caminho da saudade é solitário e vazio, mas, com o tempo e
devagar, algumas flores vão surgindo e se oferecendo para serem colhidas: os
dias se acumulam e, de repente, a dor, essa que nunca passa, já não derruba e
oprime como antes. Em meio talvez a novas lágrimas, o sorriso vai brotar. Força, Chapecoense.