Coisa de cinco anos
atrás, em viagem à Espanha, o empresário Josair Bastos, um dos vice-presidentes
de Ricardo Alban na Federação das Indústrias da Bahia (Fieb), esbaldou-se em alegria
ao comprar um perfume Paco Rabanne, paixão da vida inteira.
Esqueceu um detalhe: a
alfândega só permite o transporte de até 100 ml, 0,1% de um litro, o dele era
de 200. No aeroporto de Madri, o frasco foi apreendido, o fiscal colocou no
local das apreensões, para a tristeza de Josair.
Parou, pensou, virou
para o fiscal e pediu:
– Deixe eu ver o
frasco.
Atendido, abriu e
derramou todo sobre o corpo de um só vez. E saboreou a vingança:
– Também ele não fica!
Embarcou no avião,
incômodo geral, todo mundo reclamando, os vizinhos de poltrona puxando lenços
para tapar o nariz, e Tadeu, por trás, girando o dedo pelas têmporas insinuando
que ele não regulava bem da bola.
(Levi Vasconcelos/A Tarde)