Conta Sebastião Nery, em ‘1950 histórias do Folclore Político
Brasileiro’, que Henrique Alves, coronelão de Ilhéus, lá pelo início do
século passado, em 1922, desembarcou com terno branco, sapato de duas
cores, bengala e chapéu Panamá no Porto de Salvador, de um navio da extinta
Companhia de Navegação Bahiana, justo na hora em que Porto de Sousa, da
oposição ao governador José Joaquim Seabra, o J. J. Seabra, fazia um comício.
Houve um corre-corre, alguém pisou no
pé do coronel, ele agarrou o homem pelo braço:
– Meu amiguinho, estou chegando de viagem, não venho vendendo valentia e
nem comprando covardia. Da próxima vez olhe por onde anda e pise ao largo.