19 março 2020

IRE-1405

Conta Pedro Marcelino, ex-prefeito de Alagoinhas/BA, no livro Alagoinhas – O que a memória guarda, que lá um dia se candidatou a vereador um cidadão de nome Tabaco.
Virou sensação, até pelos slogans que ele adotou: Vai dar Tabaco, Tabaco todo mundo gosta, Vou de Tabaco.
Hora da apuração. Era no tempo em que o voto era riscado no papel (as urnas eletrônicas começaram em 1996). Lá uma hora apareceu um voto: xibiu. ‘Voto nulo!’, gritaram. Ele contestou, foi à juíza:
– Doutora, o voto é meu.
– Não, senhor. O voto não é seu.
Apareceu outro voto: Xoxota. De novo discussão, de novo na juíza, que cortou a conversa:
– Senhor, o voto não é seu e não me venha mais aqui questionar isso.
Fim da apuração, teve 200 votos, perdeu. E alguém perguntou-lhe:
– E aí, Tabaco, como foi?
– Fui o mais votado, mas fui garfado.
Puxava um papel do bolso e mostrava.
– Olhe aqui. Foram 200 votos em Tabaco, 150 em xibiu, 130 em xoxota e 190 em bu…
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