O fotógrafo belga Guido Sterkendries passou os últimos dez anos no alto de árvores em florestas tropicais do Brasil e do Panamá, registrando imagens de espécies raras e pouco fotografadas.
Em estruturas de bambu ou madeira, Sterkendries chegou a passar até duas semanas a dezenas de metros de altura, à espera da imagem perfeita. O fotógrafo testemunhou os efeitos do desmatamento e da poluição sobre ecossistemas frágeis.
Em áreas ainda intocadas no Brasil e no Panamá, ele contou com a ajuda de moradores e tribos locais para encontrar o melhor local para montar acampamento.
Para subir ao topo das árvores, Sterkendries usou uma combinação de cordas e roldanas. Entre as fotos que tirou na floresta, duas se destacam: a de um sapo venenoso azul, no Panamá, que foi fotografado pela primeira vez por Sterkendries, e a do bugio do Pantanal, um macaco que habita o topo das árvores da região mato-grossense. A couraça protetora do grilo que ilustra este post também chamou a atenção do fotógrafo na densa floresta panamenha.
Em junho, o belga pretende viajar do delta do Rio Amazonas até sua nascente para observar os efeitos das áreas desmatadas ao longo do rio.
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