O criador do refrigerante de maconha "Canna Cola", Clay Butler, pretende que o produto esteja em 15 Estados americanos, como Colorado, Califórnia e Arizona, até o fim do ano. São locais em que o uso medicinal da maconha é permitido.
A bebida de Butler terá uma incidência de THC (tetrahidrocanabinol) entre 35 e 65 miligramas. O tetrahidrocanabinol é o principal ingrediente psicoativo do cannabis, o gênero botânico utilizado para produzir haxixe e maconha.
Butler, 44 anos, vive na cidade de Santa Cruz, lugar ideal para quem gosta de praia, que fica no Estado da Califórnia. Todos os dias pela manhã, o americano aproveita a beleza da paisagem para praticar seu esporte predileto, o surfe. Quando procurado pela Folha ontem, respondeu, por e-mail, que não poderia conversar naquele momento por estar a caminho do mar.
Nesta sexta-feira, a Folha conseguiu conversar com Butler. Para isso, entrou em contato mais tarde do que no dia anterior. Depois de vencer as ondas, o californiano concedeu, por telefone, uma entrevista. "Venderemos o refrigerante em todo o país, mesmo naqueles Estados que não permitem o uso da maconha para fins medicinais", explicou.
Nesses Estados, a pequena empresa que comanda já criou uma maneira de atrair o público, sem cometer qualquer ilegalidade. Em vez de maconha, vão utilizar "outras ervas relaxantes", expressão utilizada por ele, com destaque para a camomila. "A embalagem será a mesma. O produto terá o mesmo padrão. Mas sem contar com as propriedades da maconha", revelou.
Alimentos e bebidas que contenham o THC em sua fórmula não são exatamente uma novidade nos Estados Unidos. O inédito está na elaboração de um produto que circule nacionalmente, independentemente das diferentes legislações que vigoram nos Estados, principal objetivo, aliás, do surfista.
Nos Estados Unidos, os consumidores, mediante apresentação de receita médica, conseguem comprar uma lista extensa de alimentos que usam propriedades da maconha em lojas especializadas. Até mesmo cookies e barras de cereais são comercializados.
"É fácil conseguir uma receita médica", revelou Butler. Segundo ele, alguns médicos da Califórnia são especializados em conceder esses atestados, chamados de "doutores da maconha medicinal", e oferecem seus serviços, por meio de anúncios publicitários, em revistas menores. Existem diversos sites que explicam, de forma detalhada, como conseguir seus serviços em cada um dos Estados onde a prática é autorizada.
Há também a opção de o interessado adquirir um cartão de maconha medicinal, o que permite, inclusive, cultivar determinado número de pés de maconha no quintal da sua própria casa.
Se o paciente apresentar insônia, falta de apetite, nervosismo e cansaço muscular, a autorização do médico, de acordo com Butler, é quase certa. Como se sabe, a maconha tem poder terapêutico, o que representa uma forma de tratar esses problemas.
"Na Califórnia, você pode comprar produtos feitos de maconha aos 16 anos se seus pais e o médico aprovarem", destacou Butler.
LEI DO BROWNIE
O que está dificultando a vida do empresário é um projeto de lei, apelidado de "Brownie Law" (Lei do Brownie), de autoria da senadora democrata Dianne Feinstein, política conhecida por ser radicalmente contrária ao uso da maconha. O projeto de lei foi aprovado pelo Senado no ano passado e seguiu para análise dos políticos da Câmara dos Representantes.
A proposta proíbe que qualquer pessoa misture maconha com doce, faça com que a embalagem desse produto pareça com a de um doce convencional ou modifique as características da maconha com o objetivo de distribuí-la para pessoas com menos de 18 anos. São três, portanto, as restrições, todas elas independentes umas das outras.
O primeiro ponto da proposta está incomodando Butler, o de não permitir a mistura da maconha com doce, proibição que inviabilizaria seu negócio.
"O projeto não especifica quais alimentos se enquadram em doce", criticou. "Na verdade, os senadores querem o fim da venda dos produtos que contenham maconha. A lei federal já proíbe qualquer atividade com maconha. O objetivo deles é coibir nossa atividade", finalizou.
O Zoológico da cidade de Saint Louis, no Estados de Missouri, nos Estados Unidos, divulgou o nascimento de um bebê rinoceronte negro, o que é considerado um acontecimento raro para esta espécie em perigo. O filhote, de 55 quilos, é um "pequeno macho bem alimentado e cercado de cuidados por sua mãe", segundo comunicado do estabelecimento, divulgado nesta quarta-feira.
Os rinocerontes negros quase foram extintos entre 1970 e 1992. Graças à luta contra a caça, sua população em estado selvagem, na África, passou de 2,3 mil indivíduos, em 1993, a 4.240, hoje, segundo a Fundação Internacional dos Rinocerontes.
O zoológico de Saint Louis faz parte das 37 instituições da América do Norte que tentam a reprodução de rinocerontes negros em cativeiro. Não houve nenhum nascido em 20 anos.
Agora, foi aberto o processo de escolha de um nome para o animal - a mãe chama-se Kati Rain e o pai, Ajabu, os dois com seis anos de idade. Chegaram a Saint Louis em 2007 vindos do Kansas e da Califórnia. A mãe e o bebê, nascido no dia 14 de janeiro, estão num local aquecido e só poderão sair quando a temperatura estiver mais clemente.
Cientistas preocupados com a preservação de uma espécie de tartaruga gigante das Ilhas Galápagos apresentaram a um macho raro duas fêmeas, na esperança de que os animais façam o acasalamento. O macho recebeu o nome de George "Solitário", justamente por ser o último representante conhecido de sua subespécie.
George, com idade estimada em 90 anos, foi visto pela primeira vez na Ilha de Pinta, no arquipélago de Galápagos, e vem sendo monitorado pelos especialistas do Parque Nacional equatoriano.
O cientista Diego Cisneros disse que as "namoradas" de George foram selecionadas por meio de testes genéticos. Embora de subespécies diferentes, as duas fêmeas são compatíveis com George.
Esta não é, no entanto, a primeira vez que cientistas tentam incentivar a procriação do animal. Em 2009, George "Solitário" chegou a acasalar, mas a companheira acabou produzindo ovos inférteis.
As tartarugas gigantes de Galápagos estão entre as espécies observadas pelo cientista britânico Charles Darwin e que contribuíram para que ele formulasse, no século XIX, a teoria da evolução.
A partir do Resort Mirador há uma espetacular vista panorâmica da cidade de Moquegua, que tem cerca de 70 mil habitantes, no Peru. No topo do morro fica a estátua do Cristo Blanco, que pode ser visto de qualquer ponto da cidade.
Um foguete com suprimentos para a Estação Espacial Internacional (ISS) foi lançado com sucesso do centro espacial de Tanegashima, no sudoeste do Japão, informou a Agência Aeroespacial do país (Jaxa).
Após dois dias de atraso por causa do mau tempo na região, o foguete H-2B, que carrega o transportador de carga não-tripulado HTV2, também chamado de Konotori 2, deixou o solo neste domingo.
O transportador se separou do foguete poucos minutos depois do lançamento. Prevê-se que na próxima quinta ou sexta-feira ele chegue à estação espacial, indicou a Jaxa, citada pela agência de notícias japonesa Kyodo.
O HTV2 transporta 5,3 t de material, que inclui alimentos para os astronautas, 80 kg de água potável e instrumentos para o centro científico que o Japão mantém na ISS. Leva também sementes de tomate e pimentas para um experimento que o Japão realiza junto com a Malásia, Indonésia, Tailândia e Vietnã.
Após permanecer vários dias na estação espacial, o HTV2 será carregado com resíduos da ISS e retornará à Terra, para posteriormente se desintegrar na atmosfera terrestre.
Uma família de classe média da Suécia, os Lindell, aceitaram o desafio de reduzir as emissões individuais de cada um dos seus quatro integrantes de 6 ou 7 toneladas/ano para apenas uma. Para isso, se mudaram por seis meses para uma casa ecológica nos arredores de Estocolmo.
A construção tem paredes triplas, superisolamento térmico e células fotovoltaicas que - mesmo no alto do hemisfério norte - devem fornecer toda a energia necessária. Deve sobrar eletricidade até para alimentar um carro.
As células fotovoltaicas devem fornecer toda a energia necessária. Mas a família vai ter que fazer sacrifícios. "O projeto se chama Vida de Uma Tonelada (One Tonne Life) e é um desafio para a família viver da forma mais climaticamente correta, reduzindo a pegada de carbono anual para o equivalente a uma tonelada de carbono por pessoa", afirmou o pai, Niels Lindell.
A comida consumida, as roupas e até os móveis que forem comprados entram no cálculo de carbono utilizado. Até celulares e outros eletrônicos vão ter que ser controlados, se a família realmente quiser atingir as metas. A família diz estar preparada até para mudar hábitos alimentares.
Manhã tranquila numa cidadezinha do sertão baiano...O padre estava em frente à igreja quando viu passar uma garotinha de uns nove ou dez anos, pés descalços, franzina, meio subnutrida, ar angelical, conduzindo umas seis ou sete cabras. Era com esforço que a garotinha conseguia reunir as cabras e fazê-las caminhar. O padre observava a cena. Começou a imaginar se aquilo não era um caso de exploração de trabalho infantil e foi conversar com a menina.- Olá, minha jovem. Como é o seu nome?- Rosineide, seu padre.- O que é que você está fazendo com essas cabras, Rosineide?- É pro bode cobrir elas, seu padre. Tou levando elas lá pr'o sítio de seu Juca.- Me diga uma coisa, Rosineide, seu pai ou seu irmão não podiam fazer isso?- Pode não, seu padre! Já fizeram... Mas num dá cria... Tem que ser um bode mesmo!
Cientistas descobriram uma nova espécie de sapo na selva vietnamita. Trata-se do Rhacophorus vampyrus, conhecido como 'sapo voador vampiro'. Esta espécie rara se adaptou à vida nas árvores devido a uma membrana entre os dedos, o que possibilita mover-se entre grandes alturas e planar - por isso a palavra 'voador' no nome. Já a parte vampiro se dá por terem sido encontradas presas na parte inferior da boca quando em fase de desenvolvimento.
A espécie é a única conhecida por habitar áreas de alta elevação da floresta do sul do Vietnã. O animal coloca seus ovos em buracos nos alto das árvores para fugir dos predadores. Cientistas já começaram a pesquisar o motivo de esta espécia ter presas, fato nunca visto antes.
Arquitetos russos projetaram um prédio considerado por eles ecologicamente autossustentável e que, ainda por cima, é capaz de resistir à maioria dos desastres naturais. Segundo os arquitetos, a estrutura seria utilizada principalmente como moradia e como hotel. O Projeto Arca, como é chamado, foi concebido pela empresa Remistudio com o apoio do programa Arquitetura de Auxílio contra Desastres da União Internacional de Arquitetos, pensado especialmente como solução para catástrofes. A Arca pode resistir a maremotos, terremotos, furacões e outros desastres naturais. Ainda por cima, durante um desses momentos extremos, o prédio pode se autosustentar. A construção em forma de concha, com arcos e cabos, permite a melhor distribuição do peso, por isso a resistência a terremotos. Já o ambiente de estufa tem uma grande vegetação que ajudaria na qualidade do ar e no fornecimento de alimento. O projeto utiliza painéis solares para a captação de energia e um sistema de coleta de água pluvial para o abastecimento de água. Por causa da estrutura transparente, a luz é filtrada através de salas internas para reduzir a necessidade de iluminação. O quadro é coberto por uma película especial feito de Etil tetrafluoretileno (ETFE). Trata-se de uma película altamente transparente forte, autolimpante, reciclável, mais durável, mais econômica e mais leve que o vidro. A solidez estrutural é fornecida pelo comportamento de compressão dos arcos de madeira e da tensão das cordas de aço.
Especialistas da Nasa - a agência espacial americana - criaram uma lista dos filmes mais absurdos de ficção científica já produzidos, e o sucesso de bilheterias 2012 encabeçou a lista.
"Os produtores se aproveitaram de uma preocupação popular sobre o então chamado de fim do mundo, como teria sido previsto pelo calendário Maia, que acaba em 21 de dezembro de 2012", diz Donald Yeoamans ao site do jornal Toronto Sun.
Os cientistas afirmam que, com os continentes desmanchando, ondas gigantes passando por cima do Everest e asteroides por todos os lados, o filme pode ser ótimo de assistir, mas não possui nada de ciência. E. C. Krupp, diretor do Observatório Griffith, em Los Angeles, foi mais duro e afirmou que o que acontece no filme é baseado em "loucura pseudocientífica, ignorância em Astronomia e um alto nível de paranoia".
Outros sucessos de bilheteria que estão presentes na lista da agência são O núcleo: Viagem ao centro da Terra, de 2003, e Armageddon, de 1998. A NASA, porém, fez também uma lista dos filmes mais realistas, cujo vencedor foi Gattaca, de 1997, mas também contém sucessos como Jurassic Park e Contato.
O fim do mundo tem gerado tanto assunto para a agência espacial que, já em junho de 2009, ela havia respondido uma série de perguntas sobre o possível armageddon de 2012.
A Nasa garante que o mundo não irá acabar no dia 21 de dezembro de 2012, dia que será apenas mais um solstício de verão (no hemisfério sul).