Lá sentados, lado a lado, não
trocaram uma só palavra.
Os barbeiros temiam iniciar qualquer conversa, pois poderia
descambar para discussão, e o Coroné tinha fama de brabo e sempre andava armado.
Terminaram a barba de seus clientes,
mais ou menos ao mesmo tempo.
O barbeiro que atendeu o Coroné estendeu o braço para pegar a loção
pós-barba e oferecer, no que foi interrompido rapidamente
por seu cliente, que disse:
- Não, obrigado. A minha esposa vai sentir o cheiro e pensar que eu estive num
puteiro.
O outro barbeiro virou-se para o Minerim:
- E o senhor? - indagou.
- Uai, pó passá, sô! Minha muié num sabe mermo como é chero
de putero. Nunca trabaiô pur lá!!!
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(A barbearia está fechada até
hoje, para reforma)