03 agosto 2012

Matutês

Dois mineiros reconhecidamente considerados "adversários",  um da cidade - o "Coroné",  e outro "Minerim" caipira do interior   se encontraram na única barbearia da cidade.
Lá sentados, lado a lado, não trocaram uma só palavra. 
Os barbeiros temiam iniciar qualquer conversa,  pois poderia descambar para discussão, e o Coroné tinha fama de brabo e sempre andava armado. 
Terminaram a barba de seus clientes, mais ou menos ao mesmo tempo.
O barbeiro que atendeu o Coroné estendeu o braço para pegar a loção pós-barba e oferecer,  no que foi interrompido rapidamente por seu cliente, que disse: 
- Não, obrigado. A minha esposa vai sentir o cheiro e pensar que eu estive num puteiro. 
O outro barbeiro virou-se para o Minerim
- E o senhor? - indagou. 
- Uai, pó passá, sô! Minha muié num sabe mermo como é chero de putero. Nunca trabaiô pur lá!!! 
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(A barbearia está fechada até hoje, para reforma)
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