Descanso às terças-feiras, somente, e
quinzenal: numa ele ficava lá, só a outra é que tirava, e era pra si, pros
amigos, pra bebida.
Eu sozinha.
A quarta, que dó, dia de jogo, e
quinta, de treino – mas estas eram justas.
Mas nem a
sexta pra mim?
Nem o sábado? Como é que faz?
E então de
novo domingo.
Claro, de jogo.
Ele de novo no
sol.
Um dia ele veio antes, no meio da
segunda semana.
O outro time
não foi, o treinador antecipou a folga.
Deu no que deu.
Uma tristeza.
Hoje ele nem joga mais.
E eu aqui,
sozinha, com esse filho que nem sei se é dele.
(Texto de Luiz
Guilherme Piva)