A Morte do Vaqueiro
-- (Luiz Gonzaga)
Numa tarde bem
tristonha
Gado muge sem parar
Lamentando seu
vaqueiro
Que não vem mais
aboiar
Não vem mais aboiar
Tão dolente a cantar
Tengo, lengo, tengo,
lengo,
tengo, lengo, tengo...
Ei, gado, oi
Bom vaqueiro
nordestino
Morre sem deixar
tostão
O seu nome é esquecido
Nas quebradas do
sertão
Nunca mais ouvirão
Seu cantar, meu irmão
Tengo, lengo, tengo, lengo,
tengo, lengo, tengo...
Ei, gado, oi
Sacudido numa cova
Desprezado do Senhor
Só lembrado do
cachorro
Que inda chora
Sua dor
É demais tanta dor
A chorar com amor
Tengo, lengo, tengo,
lengo,
tengo, lengo, tengo...
Tengo, lengo, tengo,
lengo,
tengo, lengo, tengo...
Ei, gado, oi
E...
Ei...