O capataz que lhe trouxe a má notícia estava desolado porque o poço era
muito fundo e pouco largo e não havia como tirar o animal de lá, apesar de
todos os esforços dos peões da fazenda.
O fazendeiro foi até o local, tomou
tento da situação e concordou com seu capataz: não havia mais o que fazer,
embora o animal não estivesse machucado.
Não achou que valia a pena resgatá-lo, ia ser demorado e custaria muito
dinheiro.
Já que está no buraco – disse ao
capataz – você acabe de enterrá-lo, jogando terra em cima dele. Virou as
costas, preocupado com seus negócios, e os peões de imediato começaram a
cumprir a sua ordem.
Cinco homens, sob o comando do capataz, atiravam terra dentro do buraco,
em cima do cavalo.
A cada pazada, o alazão se sacudia
todo e a terra ia-se depositando no fundo
do poço seco.
Os homens ficaram admirados com a esperteza do animal: a terra ia
enchendo o poço e o cavalo subindo em cima dela!
Não demorou muito e o animal já
estava com a cabeça aparecendo na saída do poço; mais algumas pazadas de terra
e ele saltou fora, sacudindo-se e relinchando, feliz.