Conta Sebastião Nery que padre Palmeira, nomeado
secretário de Educação de Lomanto Júnior, foi a Barra do Rocha ver como ia o
ensino. Chamou a garotada, começou a fazer perguntas. Ninguém sabia nada. Na
hora do almoço, sentou-se ao lado do prefeito Prosperino W. de Souza, por todos
conhecido como Dábliu de Souza, começou a conversar, e a dizer que a situação
educacional por lá não estava boa.
– Veja, senhor prefeito. Os alunos não souberam me
responder nem quem incendiou Roma.
– Não tem problema, senhor secretário. Mande ver
quanto foi o prejuízo que eu pago e vou falar com o delegado para descobrir
quem foi o autor. Mas lhe garanto uma coisa: não foi nenhum dos nossos meninos.
Eles não são disso.
(Levi Vasconcelos/A Tarde)