Nem nos bons tempos do Rubinho Barrichello se viu nada igual: nunca antes na história deste País um terceiro lugar foi tão comemorado pelos brasileiros. Marina Silva conseguiu a proeza de sair vencedora de uma competição que vai ainda ser decidida pelos seus principais adversários. E pensar que, há menos de 1 mês, o nadador César Cielo chorou de vergonha ao receber uma medalha de bronze nos 100 m livre.
A ideia de “perder ganhando”, mote da candidata do PV, se consagra, assim, como a grande novidade da corrida presidencial até aqui. O “efeito Marina” é contagiante: José Serra comemorou o segundo lugar mais intensamente que Dilma Rousseff. A candidata do governo “ganhou perdendo” o primeiro turno. Terceirizaram a vitória!
Mas, antes que a torcida mineira comece a comemorar a situação do Cruzeiro na tabela do Brasileirão, é bom lembrar que nem todo terceiro colocado está em festa. Netinho de Paula, como se sabe, “perdeu perdendo” mesmo. O próprio Gabriel Chalita, terceiro mais votado para deputado federal, não tem comemorado muito o posto pra não chamar atenção para o fato de que, à sua frente, estão Garotinho e Tiririca. Bom lugar, convenhamos, não é!
.
Texto de Tutty Vasques no jornal O Estado de São Paulo.