Revelado pelo extinto Clube
Atlético Lito, aos 20 anos Héctor se transferiu para o Nacional onde fez
história e ganhou o apelido de "El Divino Manco". Com um prestígio em alta devido a
suas ótimas apresentações pelo tricolor, conseguiu chegar a seleção uruguaia e
lá conquistou uma Copa América (1926) e uma medalha de ouro nos jogos olímpicos
de 1928 na Holanda, tudo isso antes de disputar a Copa de 30.
O técnico uruguaio
Alberto Suppici convocou para a Copa-30 22 jogadores e entre eles estava "el manco". Na competição,
tornou-se o primeiro jogador uruguaio da história a fazer um gol em Copas do
Mundo na vitória de 1 a 0 em cima do Peru, dia 18 de Julho de 1930.
Titular absoluto, "El Divino Manco" participou
diretamente do título da celeste fazendo mais um gol, sendo esse na final
contra a Argentina. O feito eternizou a carreira desse craque que deixou de
lado sua deficiência para se tornar um exemplo de superação no mundo do
futebol.
Héctor
Castro nasceu
em Montevidéu no dia 29 de Novembro de 1904 e viveu como qualquer criança da
época até os 13 anos, quando em um acidente com uma serra elétrica perdeu parte
do seu braço direito.
Ídolo do Nacional, em
1932 Hector teve uma breve passagem pelo Estudiantes de La Plata (ARG), mas
logo voltou ao seu clube do coração para conquistar mais dois títulos: em 1933
e 1934 (Já havia conquistado um título nacional em 1924). Ainda como jogador,
conseguiu outra Copa América em 1935.
Depois dessas inúmeras
conquistas, aos 31 anos Héctor decidiu se aposentar e depois de cinco anos
voltou para o futebol, mas agora como treinador no próprio Nacional, onde
ganhou o campeonato uruguaio de 1940, 1941, 1942, 1943 e 1952.
Após um breve período
na direção da seleção do Uruguai em 1959 (onde misteriosamente se demitiu),
morreu no dia 15 de setembro de 1960 aos 55 anos.
Sem parte de um dos braços, Héctor Castro tornou-se
um
exemplo de superação no futebol.