No Brasil, desde
os anos 50, o último colocado, de qualquer competição ou eleição, é chamado de
“lanterna” ou “lanterninha”.
E não só no futebol, mas sim em todas as
competições, seja no mundo esportivo ou até nas disputas eleitorais, quando o
menos votado é também “iluminado” pelo último lugar.
É que a saudosa
“A Gazeta Esportiva”, a bíblia esportiva de ontem, às segundas-feiras,
publicava em sua última página a classificação do Campeonato Paulista na forma
de uma composição ferroviária.
Nos trilhos,
eram estilizados a locomotiva e mais 19 vagões, todos identificados por cada
clube participante na ordem de classificação por “pontos perdidos” e não por
“pontos ganhos”.
O empate valia
um ponto e a vitória dois e não três como hoje.
A locomotiva era
sempre o Santos, o líder.
E o “lanterna”, comumente, era o Jabaquara.
Então a
estilizada composição ferroviária tinha, mais ou menos na ordem de Santos (a
locomotiva), Palmeiras (o primeiro vagão), São Paulo (o segundo), Ferroviária (o
terceiro), Corinthians (o quarto) e assim por diante até o último vagão, o
vagão do Jabaquara, o 19º e último.
E neste último
vagão, como até hoje nos trens do mundo, havia as duas escadas laterais e,
acima da porta de entrada e saída, uma luminária, um farolete ou uma… lanterna!!!
Daí a
criatividade do povo, batizou de “lanterna” ou de “lanterninha” todo e qualquer candidato de qualquer competição que tenha ficado ou que
hoje fique na incômoda derradeira posição.