A história vem do tempo em que o
Palmeiras ainda era chamado de Palestra Itália, nos anos 1930. Na esquina das
ruas Caraíbas e Turiassu, conselheiros costumavam se reunir em um bar que era
vizinho da Corneta Ferramentas, que se instalou nas redondezas em 1932.
A fábrica era especializada na
produção de canivetes, que ficaram conhecidos como “pica fumo'', e
posteriormente tesouras. Tanto o bar como a fábrica ficavam praticamente em
frente ao portão principal do Palestra Itália.
O conselheiro e historiador do
Palmeiras, Jota Christianini, conta como foi forjado o termo: “O pessoal da
oposição se reunia ali no bar e quando começavam as reuniões do Conselho
Deliberativo ou da diretoria, entravam todos juntos''. Não demorou para que
alguém fizesse a analogia entre aquele grupo barulhento e a empresa que estava
ali instalada.
“Alguém, em um dia, disse algo assim:
‘lá vem a turma da corneta’.” Segundo ele, o termo virou um símbolo da oposição
palmeirense, notadamente crítica e barulhenta. “O pessoal costumava gritar
muito nas reuniões. E 'do pessoal da Corneta' para ‘corneteiro’, foi meio
natural. Essa é a história do termo corneteiro, que ficou associado a quem reclama de alguma coisa
costumeiramente''.