23 junho 2017

Justiça

=A justiça é como uma serpente,=
= só morde os pés descalços”. =
(Eduardo Galeano, escritor e jornalista uruguaio)
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18 junho 2017

Timemania

Maiores Prêmios de 7 Acertos na Timemania: (Cidade do Ganhador)
1045: R$ 31.896.094,30 (Goiânia;Jun/2017)
0352: R$ 26.583.679,64 (São Paulo-SP;Set/2012)
0801: R$ 24.609.072,86 (Júlio Mesquita-SP;Nov/2015)
0628: R$ 22.077.129,12 (São Gonçalo dos Campos-BA;Set/2014)
0985: R$ 17.300.135,58 (Boqueirão do Leão-RS;Jan/2017)
0552: R$ 16.666.082,79 (São Paulo-SP;Mar/2014)
0585: R$ 13.909.339,59 (Curitiba-PR;Jun/2014)
0896: R$ 13.115.002,46 (Fortaleza-CE;Jun/2016)
0669: R$ 12.206.341,77 (Santos-SP;Dez/2014)
0141: R$ 11.414.871,45 (Americana-SP;Set/2010)
0241: R$ 10.639.291,60 (Morada Nova-CE;Ago/2011)
0069: R$ 09.952.081,77 (Brumado-BA;Jun/2009)
0928: R$ 09.839.769,85 (Montes Claros-MG;Set/2016)

17 junho 2017

15 junho 2017

13 junho 2017

Juahrez Alves

É um absurdo, o ser humano ter que lutar contra tudo e contra todos para se manter na prática do bem.”
Quando há fraternidade, o amor é sereno; quando há solidariedade, o amor é ativo, e quando há caridade, o amor é vivo”.
(Juahrez Alves, baiano de Buerarema, produtor cultural, professor graduado em Letras, filósofo e escritor)

11 junho 2017

09 junho 2017

07 junho 2017

05 junho 2017

Farrista

O sujeito chega em casa às 4 e 30 da matina, mamado todo, e ouve da patroa:
- A farra foi boa, né!
Ele responde:
- Se você que nem foi gostou, (hic) imagina eu que tava lá!!! (hic)
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03 junho 2017

Vencendo Todas

Eles chegavam e contavam como fora o jogo. Suados, sedentos, misturavam as palavras com a respiração e os goles de água. O golaço, a furada, o começo de briga, o final emocionante.
Falavam os quatro ao mesmo tempo. E a turma ouvia. Salivava de inveja, admiração e vontade. Mas não podia ir. “Vocês são muito novos”, diziam. “É longe, e perigoso.” “Nem pra assistir?” “Não. Quando vocês crescerem mais a gente leva.”
Eram os quatro heróis do bairro. Da vila, na verdade. Um beco com velhos e moleques olhando e correndo. Lembrando e sonhando. Sumindo e crescendo.
Os quatro eram maiorzinhos, quatorze, quinze anos. Dia de jogo saíam cedo, bola na mão, camisas velhas de times, ki-chute, a meninada vinha vê-los cruzar o beco de ponta a ponta, dobrar a esquina, ganhar a rua e ir diminuindo até a avenida em que pegavam o ônibus.
Os pequenos passavam o dia jogando no beco o jogo que eles imaginavam – na verdade, sabiam – que os quatro, lá longe, jogavam. Entre as paredes, as cadeiras dos velhos, os varais, os tambores de lixo, os cachorros: eram golaços, furadas, começos de briga, finais emocionantes. Suavam, respiravam forte, morriam de sede, afogavam-se no bico da garrafa.
E então, fim do dia, calor e mormaço, quase escuro, os heróis voltavam. Descreviam tudo. E não poderia ser mais igual ao que eles tinham imaginado, jogado, vivido!
Orgulhavam-se dos quatro bravos. Sua aventura no desconhecido, sua coragem frente a estranhos. Viam selvas, despenhadeiros, correntezas, muros altos, adversários armados – e eles venciam!
Sempre venciam. Nunca perderam. Às vezes um placar apertado porque não existia empate: “quem fizer ganha!”. Ficavam ali em volta deles, ouvindo-os contar o jogo, a ida, a volta, os percalços, as conquistas, com as pupilas crescendo, os dentes se abrindo, o coração inflando, até o encerramento.
Abraçavam-nos, pulavam em volta. “Me leva na próxima, por favor!” “Deixa a gente ir!” Os quatro se levantavam, diziam que não dava, deixavam a bola ali para que eles brincassem e cruzavam de volta o beco, como cavaleiros na volta da missão no estrangeiro. Os velhos os abençoavam com os olhos.
Na casa de um deles, no pedaço de terra atrás do tanque, antes de se despedirem, combinavam como seria a próxima. Quanto seria o jogo. Quem faria os gols. Como acabaria. Como seria o outro time. Lances importantes. Algum sofrimento. E a vitória final, claro. Porque isso é o que importava. Voltar e contar a vitória.
É isso: não iam a lugar nenhum. Viravam na avenida, atravessavam pro bairro depois do posto e ficavam jogando sozinhos num terrão abandonado.
Golaço, furada, começo de briga, final emocionante. Tudo entre eles. Mas nem era pra valer. Era como eles imitavam o jogo que eles imaginavam – na verdade, sabiam – que eles jogariam se fossem jogadores, se estivessem num time, se disputassem partidas contra outros times de outros bairros e voltassem pra vila.
Cansados, sedentos, ofegantes.
Mas vitoriosos. Sempre vitoriosos. Nunca haveriam de perder. Esse era o compromisso que tinham com si mesmos e com os meninos e os velhos.
Não sabiam até quando duraria tudo aquilo. Mas sabiam que venceriam sempre.
(Texto de Luiz Guilherme Piva)

01 junho 2017