21 março 2019

IRE-1236

Ganhadores da Mega-Sena na Bahia, deste 2008:
R$ 00.978.205,14 (Feira de Santana) 0958; Abr/08
R$ 03.671.709,67 (Salvador) 1058; Mar/09
R$ 05.448.452,03 (Salvador) 1338; Nov/11
R$ 07.499.281,75 (Salvador) 1370; Mar/12
R$ 07.499.281,75 (Salvador) 1370; Mar/12
R$ 01.471.764,39 (Salvador) 1493; Mai/13
R$ 56.169.465,02 (Teofilândia) 1560; Dez/13
R$ 21.337.822,84 (Feira de Santana) 1612; Jun/14
R$ 02.018.423,55 (Ribeira do Pombal) 1701; Mai/15
R$ 19.896.531,79 (Salvador) 1821; Mai/16
R$ 25.207.139,21 (Salvador) 1838; Jul/16
R$ 18.918.141,78 (Salvador) 1881; Nov/16
R$ 36.824.758,22 (Salvador) 1890; Dez/16
R$ 18.042.279,04 (Prado) 2000; Dez/17
R$ 18.042.279,04 (Uruçuca) 2000; Dez/17
R$ 18.042.279,04 (Cruz das Almas) 2000; Dez/17
R$ 02.526.635,00 (Castro Alves) 2088; Out/18
R$ 05.818.007,36 (Euclides da Cunha) 2110; Dez/18
R$ 05.818.007,36 (Euclides da Cunha) 2110; Dez/18
R$ 05.818.007,36 (Euclides da Cunha) 2110; Dez/18
R$ 05.818.007,36 (Feira de Santana) 2110; Dez/18
R$ 05.818.007,36 (Mata de São João) 2110; Dez/18
R$ 05.818.007,36 (Salvador) 2110; Dez/18
R$ 05.818.007,36 (Valença) 2110; Dez/18
R$ 32.689.083,52 (Salvador) 2135; Mar/19
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19 março 2019

17 março 2019

15 março 2019

13 março 2019

IRE-1232

Derrota Suada
Mirrado, com o isopor cheio de picolé pendurado no pescoço, ia, obrigado pelo pai, ao barranco em que uns adultos e velhos viam o jogo.
Era quase uma pelada, camisas rotas, muitos descalços, regras próprias ("dois gols, muda o goleiro"), mas com certa solenidade. Entrada em fila, cumprimentos, às vezes um ignorado juiz, a bola escoiceando em meio a buracos, formigueiros, tufos de capim desenhando o arquipélago de areia e terra.
O sol, a umidade e o ar parado entornavam as misérias do público e as grudavam em seus rostos. E ajudavam na venda dos picolés: coco queimado, creme holandês, abacate, banana e nescau. Receitas do pai, feitos com a mãe no fundo de casa. A cinquenta centavos cada, saíam bem.
E rápido: sem embalagem, mal eram tirados do isopor já começavam a pingar e desmilinguir. Quase todos os clientes acabavam comprando ao menos dois. Só não faturava mais porque não aguentava o isopor maior, que ia com o irmão mais velho para a rua do comércio.
E também porque ali no barranco ele se distraía: do seu ponto dava pra ver a quadra do colégio. Os meninos de uniforme correndo entre as marcações das áreas, do meio de campo, das laterais, chutando contra as traves de ferro, todos de uniforme, todos do seu tamanho e da sua idade.
Esquecia de olhar o estoque, o pessoal ia pegando os picolés e deixando moedas e notas, mas sempre com uma surrupiada. O pai dava bronca: "Menino, cadê o resto do dinheiro?", e ele não sabia responder.
Tomava um cascudo, corria pra dentro, deitava-se no colchão pelando e chorava.
Não pelo cascudo, mas pelos meninos no colégio.
Queria jogar bola com eles, suar com eles, usar os mesmos kichutes, tomar água da torneira na parede, abraçar e ser abraçado na hora do gol.
Todo dia isso.
Até que cresceu, viajou, sumiu, os pais morreram, o irmão continua fazendo picolés.
Ele nunca mais foi visto. Nem ninguém notou seu desaparecimento.
Era como se o sol o tivesse derretido, miserável e frustrado, fazendo-o escorrer e desintegrar-se na terra do barranco, da estrada, do nada.
Não valendo nem cinquenta centavos.
(Texto de Luiz Guilherme Piva)

11 março 2019

09 março 2019

IRE-1230

Ponto Futuro
Da primeira vez até impressionou. No meio de campo, olhando o adversário bater escanteio, de costas para o ataque, recebeu a bola rebatida pela defesa, matou no peito, deixou-a descer macio e, de virada, sem que ela tocasse no chão, e sem olhar, lançou de trivela para a ponta esquerda.
Espanto.
Mas não havia ninguém lá.
Ele abriu os braços, lamentando. Abaixou e balançou negativamente a cabeça.
Mas começou a acontecer direto. Escanteio contra, dominava no peito, ou na coxa, ou de chaleira, ou no peito do pé, virava e lançava de primeira nas pontas, ou enfiava entre os zagueiros feito uma tacada de sinuca, a bola lisa, rodando, pronta para ser chutada.
Só que nunca havia ninguém no lugar a que a bola era lançada.
Braços abertos, cabeça baixa, sacudindo.
Todo jogo era isso. Duas, três, quatro vezes por jogo.
Eram peladas, campo torto e esburacado, camisas rotas, alguns descalços – ou seja, jogos da maior seriedade.
A irritação crescia.
Até porque, fora isso, ele pouco fazia. Corridinha pra cá e pra lá, passes fáceis, pro lado, nada de marcar ninguém, chutar a gol, nada.
Só nessa hora é que ele aparecia. Era sua especialidade.
Parecia que adivinhava onde a bola cairia vindo de sua defesa. Ou ela a procurava, vai saber. Domínio, giro, lançamento – e vazio.
Um dos atacantes perdeu a paciência: "Não tá vendo que não tem ninguém na frente? Estão todos atrás ajudando a marcar!".
Ele olhou o colega. Quieto.
O atacante repetiu: "Não tem ninguém lá, não tá vendo?".
Calmo.
"Tô, tô vendo que não tem ninguém lá."
"Então, por que lança?"
Abriu os braços.
"Porque devia ter, pô! Devia ter!"
E balançou a cabeça fazendo "tsk, tsk".
(Texto de Luiz Guilherme Piva)

07 março 2019

05 março 2019

03 março 2019

01 março 2019

IRE-1226

Ganhadores da QUINA na Bahia, desde 2016:
Concurso 4096 (30/05/2016):
R$ 02.946.970,75 (Salvador)
Concurso 4141 (26/07/2016):
R$ 14.888.620,38 (Casa Nova)
Concurso 4257 (13/12/2016):
R$ 08.897.939,91 (Salvador)
Concurso 4385 (17/05/2017):
R$ 07.281.351,12 (Livramento de Nossa Senhora)
Concurso 4399 (02/06/2017):
R$ 01.371.482,72 (Guanambi)
Concurso 4562 (21/12/2017):
R$ 02.087.097,14 (Salvador)
Concurso 4563 (22/12/2017):
R$ 00.644.388,34 (Salvador)
Concurso 4667 (30/04/2018):
R$ 05.792.240,84 (Salvador)
Concurso 4804 (18/10/2018):
R$ 02.906.378,62 (Ribeira do Pombal)
Concurso 4836 (28/11/2018):
R$ 02.667.397,15 (Lauro de Freitas)
Concurso 4843 (05/12/2018):
R$ 03.994.377,56 (Sobradinho)
Concurso 4914 (28/02/2019):
R$ 02.889.165,96 (Salvador)