25 outubro 2015

Rã Arlequim

A Rã Arlequim (gênero Atelopus) está na lista de animais ameaçados de extinção. Há algumas décadas, este anfíbio era encontrado em quase toda a Costa Rica, mas atualmente apenas alguns exemplares são avistados em pequenas localidades do país, além de serem consideradas extintas no Panamá.
A espécie é absolutamente sensível e está desaparecendo por pequenas mudanças climáticas que promovem alterações na temperatura das florestas, na qualidade do ar, precipitação de chuvas e no fluxo de água.
Existe apenas um único predador da Rã Arlequim: uma mosca que deposita suas larvas nas costas do animal. O que ocorre depois? As larvas começam a penetrar o corpo da rã, atingindo vários órgãos. Elas começam então um processo de destruição, comendo a rã de dentro pra fora.
Existem várias espécies do gênero Atelopus, todas venenosas. Apesar de integrar a lista de ameaçadas de extinção, um casal de uma espécie inédita, porém do mesmo gênero, foi encontrado em 2007 com cores totalmente diferentes das catalogadas até então. Isso criou esperança nos biólogos sobre uma possível tentativa de preservação.
Ela se alimenta de minúsculos artrópodes que são facilmente encontrados em tempos de seca. Não possuem o hábito de se locomoverem por longas distâncias, passando boa parte do tempo no mesmo lugar. Isso ocorre porque elas não têm nenhum motivo para “fugir”, visto que suas cores chamativas servem naturalmente de alerta para nenhum animal chegar perto.
Essas rãs são péssimas nadadoras e quase nunca entram na água, com exceção dos períodos reprodutivos. Estima-se que 1/3 das 110 espécies conhecidas desapareceram entre os anos de 1980 e 1990, sendo o fungo Batrachochytrium dendrobatidis o principal culpado pelas mortes.