13 abril 2016

O Taxista

O Taxista
(Roberto Carlos)
Saio logo cedo no meu carro
Ninguém sabe o meu destino
Num aceno eu paro, abro a porta
E entra alguém sempre bem-vindo
Elegante ou mal vestido
Velho, moço ou até menino
Fecha a porta, diz aonde vai
E tudo bem eu já tô indo
Sou taxista, tô na rua, tô na pista
Não tô no palco
Mas no asfalto eu sou um artista
Ouço todo tipo de conversa
O tempo todo tô ligado
Só me meto, dou palpite
Dou conselho quando sou chamado
No meu carro ouço histórias
Desabafos, risos todo ano
Sou de tudo um pouco nessa vida
Eu sou um analista urbano
Sou taxista...
O papo é sempre o mesmo
Pra puxar qualquer assunto a qualquer hora
Que trânsito, que chuva, que calor!
Mas logo mais isso melhora
Tento agradar a todo mundo
E trabalhar sempre sorrindo
Mas sou um ser humano
E só eu sei as vezes o que estou sentindo
Sou taxista...
O cansaço, a solidão aperta
O coração na madrugada
Mas a missão cumprida me desperta
É hora de voltar pra casa
Dou graças a Deus que lindo os filhos
E a mulher em paz dormindo
Valeu a hora extra pra com eles
Ter a folga de domingo
Sou taxista...