
Nestas duas décadas, o Hubble apresentou vários problemas, como equipamentos quebrados e espelhos que deixaram as imagens fora de foco, obrigando a Nasa a enviar astronautas para fazer reparos. Mas o consenso entre os especialistas é de que o telescópio realizou descobertas importantíssimas para todas as áreas da astronomia.
"A visão poderosa do Hubble expandiu nossos horizontes cósmicos e trouxe à tona um novo conjunto de enigmas sobre o Universo", escreveu o astrônomo britânico Martin Rees em artigo no site da BBC. "Só nos últimos dez anos aprendemos sobre o grande número de "mundos" que existem orbitando outras estrelas."
Segundo ele, o telescópio ajudou os astrônomos a descobrir que as galáxias estão se dispersando a uma velocidade acelerada, sob a influência do que chamou de uma "força misteriosa".
"Nossa previsão mais longa é a de que o Cosmos vai continuar se expandindo, tornando-se cada vez mais vazio, mais escuro e mais frio", afirmou Rees. Em seus 20 anos de operação, o Hubble observou mais de 30 mil corpos celestes e produziu mais de 500 mil imagens.
No ano passado, astronautas instalaram novos equipamentos no telescópio, tornando-o cem vezes mais potente do que quando foi lançado em órbita. Na última segunda-feira, a Nasa anunciou que o Hubble vai ficar em operação até 2013. No ano seguinte, ele será substituído por outro telescópio espacial, batizado de James Webb.
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