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Os pesquisadores Ann Daniels, Martin Hartley e Charlie Paton, estavam acampados no gelo quando ele começou a rachar. "Ouvimos um estalido, alguns estrondos e, de repente, o gelo começou a se romper. Tudo aconteceu muito rápido", disse Charlie Paton.
A pesquisadora Ann Daniels conta que os pesquisadores já tinham observado o gelo se movimentando. Na manhã seguinte, depois dos barulhos, o gelo começou a se abrir de repente. "O gelo começou a se romper do lado de fora (do acampamento). Então o gelo começou a se romper cada vez mais perto das barracas e então, embaixo das barracas. Martin (Hartley) e eu começamos a tirar tudo (das barracas) e empacotar tudo o mais rápido que podíamos."
"Estávamos retirando todo o equipamento quando Charlie (Paton) gritou: ''Saiam agora''", relatou a pesquisadora à BBC. "Tivemos que decidir rapidamente em que lado da rachadura iríamos ficar e resgatar rapidamente todo o equipamento para evitar danos."
Apesar do susto, nenhum dos equipamentos ficou danificado e os pesquisadores não se feriram. A equipe de pesquisadores britânicos também está tendo que enfrentar outras dificuldades na região, como grandes extensões de águas abertas, gelo se movimentando rapidamente e placas de gelo deslizando umas sobre as outras.
A missão da equipe britânica é coletar dados para investigar qual o impacto do dióxido de carbono no Oceano Ártico. Além de caminhar na região, os pesquisadores estão perfurando o gelo para fazer medições, além de coletar amostras de água do mar de diferentes profundidades.
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