01 dezembro 2016

Força, Chape

O futebol não é uma questão de vida ou de morte, é muito mais que isso.
A frase é do escocês Bill Shankly, saudoso treinador do Liverpool quando o clube inglês dominou o futebol europeu.
E faz todo sentido nos terríveis dias que correm.
Diante da tragédia da Chapecoense, o futebol, aparentemente, fica menor, questão secundária.
Mas não.
Ao contrário.
Toda a comoção vivida se dá exatamente por causa dele, o futebol.
Óbvio que qualquer acidente com tantas vítimas comove o país atingido.
Quando é com uma delegação inteira de jogadores de futebol, porém, comove muito mais, porque alcança o mundo todo, como estamos vendo.
Consequência direta da paixão que o esporte mais popular do planeta desperta.
Daí não ser menor pensar nas soluções esportivas que o drama impõe.
Porque, queiramos ou não, a vida continua e, com ela, o futebol.
Tudo pára na hora da dor.
Só o seguir em frente consegue amenizá-la.
Mais ainda se não esquecermos de suas principais vítimas: os que ficaram.
(Texto de Juca Kfouri)
O caminho da saudade é solitário e vazio, mas, com o tempo e devagar, algumas flores vão surgindo e se oferecendo para serem colhidas: os dias se acumulam e, de repente, a dor, essa que nunca passa, já não derruba e oprime como antes. Em meio talvez a novas lágrimas, o sorriso vai brotar. 
Força, Chapecoense.